
que hesitam ser
nada me prossegue
tenho um único índice
não tenho referências afetivas
somente anuncio as emoções
a formação de meu coração nas coisas opostas
é meu particular, individual
nunca ligada a corresponder
meu núcleo é onipotente
eu sei das intensidades, sou inteligível
o mundo alegórico
mentirosamente aumentado de civilizações
é somente a condicionalidade universal
só me transpõe exemplos e
me destina a ser eremita
bato asas da nostalgia
experimento o que ninguém acredita
me consolo em sono
é que não sei me amedrontar no intranquilo
só sei sondar os enigmas
adormecer e adivinhar o que há detrás das cortinas
é meu confirmar de que sou divisível
é esta parte nunca alcançada, intermediária
é minha fonte
que mantém meu olhar cativo
minha dissonãncia desprovida de alegrias
vida subterrãnea que flui de si mesma
para me transfigurar telescopicamente.
Fugidia a existir
na indiferença dos sonhos
minha vida incaptável, decapitável
se desenha no nada
calando-se...
Silvia2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário