you know how I feel

you know how I feel
Não sei o que pensam os pássaros...

os pássaros tem sábados frustrados?

o que estou eu querendo dizer com isso?

todas as coisas que poderiam ter sido,

não foram por culpa minha?

também não sei o que pensam os homens,

enquanto dormem os pássaros pelos sábados adentro.

Eu tenho insônia e fecho as janelas

fica a escuridão, e a sua imagem

apagam também as palavras que eu queria ouvir

e desintegram-se em longos silêncios.

as coisas que podiam ter sido

para preencher os vazios.

mas o objeto deste texto é o amor

o sujeito também...

amor em construção,

quatro paredes lentas como uma pequena gaiola,

onde pretendo improvisar ninhos

e desprender pássaros que você não vê.

mas o tempo urge...

razão pela qual me deito

e as coisas se revelam e se negam continuamente.

finjo não perceber,

finjo que não sei o que há em mim,

há coisas se encontrando , também, fora de nós.

a ficção quer escrever a minha história,

que imagem faria?

Oh! vida, esse tempo disperdiçado dentro do olhar,

o olhar dele, lento, queima meu coração,

minha única tristeza não é triste,

limpe os olhos que este texto tem a loucura da forma...

você não pode me ensinar a não te querer tão perto,

que sabemos sobre os pássaros frustrados sobre o fio de alta tensão?

quero saber o que você não sabe,

daí meu medo de existir

daí este silêncio áspero de sábado,

meus conflitos me apequenam,

gritos surdos por dentro.

somente as palavras são capazes de secar as lágrimas agora,

palavras e dedos, é tudo que tenho

dedos percorrendo traços e linhas do meu rosto,

doce ternura para quem partiu todos os espelhos

e ja não mais se reconhece.

eu que tenho em mim o movimento dos outros

o conhecimento dos outros,

o idioma dos outros,

a reação dos outros,

mas só o amor me salva

só o amor produz esta lentidão sagrada de observar pássaros cheios de vôos.

o amor sabe de cor os vôos e os movimentos, eu também...

o homem e seu pássaro interno,

uma imagem onde me completo

não totalmente.

uma mulher satisfeita traz em si um ponto final,

eu tenho vocação para reticências e excessos.

amanheço e minhas asas se abrem.

não me basta a vida!

o pássaro olha o infinito e nada avista,

tem os sentidos esquecidos,

esqueceu-se de quem era, como era...

só sabe cantar....

será que você ignora as tardes de sábado?

quando discretamente um pássaro voa estabelecendo

ligações entre as coisas visìveis?

Silvia 2007

Um comentário:

Paco disse...

Las palabras que quisiéramos oír ...
pocas veces suenan en nuestros oidos. Otras suenan de personas que nos adulan, mas no nos aman.
¡Tan frágil es este ser humano!
veo en su fragilidad los secretos profundos de su grandeza.

Así, pensamientos de sábado a la tarde ... comparto contigo un poco de ese tiempo, de su piel y la soledad que muchas veces nos arranca del sueño ...

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As palavras que nós quisemos ouvir…
não muito frequentemente soam em nossas orelhas. Outros soam dos povos quem o alisador a nós, mas não nos amam.
Assim frágil é este ser humano!
Eu v em seu fragility os segredos profundos de seu greatness.

Assim, pensamentos de sábado à tarde… Eu compartilho com você de um pouco que cronometra, de sua pele e do solitude que nos começa frequentemente do ideal…



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