you know how I feel

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"Carpe diem"
Vocês conhecem o significado...
aproveitar a vida, viver, transbordar poesia. Porque creio que com a poesia
viver fica suportável.
Ou insuportavelmente ruim.
A dor é exaltada, ou a dor é diminuída
- pelo menos no modo romântico (já que são eles mesmos que usam o 'carpe diem').
A dor é a essência do homem,
é por sentir dor que sabemos estar vivos.
Ora, façamos bom uso dessa essência então!Que a vida seja imensa e intensamente aproveitada e recriada diariamente.
Que a dor seja o crescimento,
ou que a dor seja quase a impossibilidade de estar vivo
- mas não a possibilidade de estar quase vivo. Que a dor chegue abruptamente,
rompa as veias e as sementes e as alianças
e os almoços de domingo.
Que vá embora deixando o agradecimento... não, não, o enobrecimento daquele que a suportou e a fez parte de si.
Melhor do que negar a dor é absorvê-la,
aceitá-la como parte de si.
Porque cada um tem a sua história.
Que a dor venha e faça a dela,
que faça-nos sentir o nosso órgão inchado,
o coração realmente estraçalhado
ou a mente totalmente desmentida
- ou mentida (ou metida?),
ou até mensurada (ou desmensurável?).
Ou então que não vá embora,
nunca parta, nem mesmo quando partirmos nós.
Que ela viva pra sempre impregnada em cada coração meio machucado,
em cada mente meio confusa
ou em cada corpo meio lesado.
E que, quando formos,
ela seja mais forte do que nós,
e permaneça assombrando os amigos e familiares.
Ou se instaure neles,
ou voe lépida para pairar para sempre no ar,
ou encontrar um outro alojamento.
Minto, ninguém quer sentir dor,
embora cada um a sinta diariamente.
Não importa que seja a dor individual, passional, real ou mundial.
Espalhemos uma pandemia de dor!,
para que o mundo possa dar valor.

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