
O que me espanta
não é a morte mas a vida,
diga-se a subvida da sobrevida.
O que me espanta
é a inércia do corpo
seu cego apetite
sob a alma carente.
O que me espanta
é o fôlego de fera
hibernando na crise
gelo sem primavera.
O que me espanta
é a resistência masoquista
que entre a ferida e o nada
do nada se acovarda
e resigna-se à ferida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário