poesia de antônio

Incógnito em minha ansiedade,
ilhado em meu temor,
escudado na timidez,
te sigo de longe na tocaia,
te desejando e te amando,
nutrindo a cupidez.
Quando acasalava o meu olhar com o seu,
ficava translúcida, toda minha palidez.
Não consigo coragem para lhe declarar
todo essa minha incontida afeição.
E prossigo na clandestinidade,
de à distância te idolatrar.
Em verdade, me sinto é sem forças para lutar, recomeçar.
Se de ti eu ouço um não, como ficará meu ancião coração?
Já não mais conto com o ímpeto da mocidade.
A insegurançame estagna a espírito, e me corrói o entusiasmo e a vitalidade,
me desarranjando diante de ti, da viabilidade da atroz rejeição
Vejo-me um tolo perplexo,circumplexo em dúvidas.
sem poder para discernir,entre te abordar e te falar
ou te aguardar me sentir,optei, resolvi te escrever.
Se te falo e tu me aceitas, serei o mais feliz dos felizes
mas e se me recusasses... como viveria a partir daí?
Escreva-me, pois preciso saber o que pensa você!