
Este ar frio, febril
esse vento que me bate na alma,
me traz ãnsia de viver algo novo,
novamente e sempre,
cada vez o mergulho
em alguma coisa sem fundo
onde caio sempre
caindo sem parar até morrer
e adquirir enfim paz.
oh, vento
eu não te perdoo a morte,
você me traz uma lembrança machucada de coisas vividas
que, ai de mim, sempre se repetem, mesmo sobre formas outras e diferentes.
é um grito que me chama de longe,
este grito é o tempo imutável e permanete,
nunca começou e nunca vai acabar,
estou dentro dele como o próximo instante branco
esperando o proximo instante,
contar o tempo é o meu trabalho,
arranhar com garras de lobo as portas cerradas,
escutar as folhas que caem,
eu só quero me abrigar
no calor humano.
Silvia2007
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