
Na palpitação dos dedos
a volúpia das minhas palavras,
Amanheço um poema de amor
Ou um poente de desejo,
Construí nas janelas de todas as casas
O poema que li e reli
E mesmo quando se entreabriu a porta
Dos nossos medos
Restávamos nós e o poema
Que escrevi ou se escreveu em mim,
Batalha de sentidos,Trégua de ilusões.
Não sou mais que um poema
Plantado à beira do jardim.
Desenho torto sem régua
Ou compasso,
Mesmo que seja de espera.
Sem ambição de alguma vez rimar
Com algo deste universo.
Assim é no meu poema,
Assim se escreve em mim...
Silvia 2007
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