é quando penso em você ...
que sinto esta vontade imensa
de escrever estas palavras cheias de estrelas, e lagos escuros,
de te contar dos lugares distantes que existem dentro de mim,
é teu nome que grito entre os meus sonhos,
para que venha logo...
Silvia 2008.
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Porque não estás aqui?",
era a sua pergunta sem destinatário possível,
feita ao vazio e no vazio,
na consciência de que nunca ninguém estaria ali,
de que ali nunca ele viria a ficar com ela,
num tempo menos efémero,
que
o da ruptura da noite nos sonhos.
como até então, ao sabor das fomes repentinas
e de encontros feitos deste desejo,
de insatisfações permanentes
e de aventuras secretas,
de fulgores precários e de breves alegrias,
como as dos fogos-de-artifício,
interminável assim ela se sentiria
e viveria a desenrolar seu próprio labirinto do nunca,
nada poderia prendê-la
e nunca ninguém haveria de indicar
qualquer espécie de caminho
que ela teria de percorrer.
para matar o seu tédio e a sua solidão insatisfeita.
porque ela só conhecia este caminho
o do sonhar...
[texto de Vasco Graça Moura com algumas adaptações minhas]
2 comentários:
=)
Olá!! Que bom que reapareceu por aqui. Às vezes precisamos dar tempo para certas coisas. Até mesmo tempo para um blog. Tudo depende do nosso estado de espírito . Mas tudo se encaixa, se resolve, se define.
Grande beijo e reflita aí! Adorei a postagem
A 1ª então... perfeita!
Abração
Ray
Texto denso, querida Sílvia! Precisarei lê-lo mais e, em outro ambiente, que não seja este, do trabalho.
Beijos pra ti!
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