Durante a
primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço –
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega dos meus lábios,
sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave – qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
que te procuram.
Herberto Helder
4 comentários:
Bonito, Sílvia! Acho que, não sei mais o que dizer, além disto.
Uma ótima semana e, beijos!
lindo poema,
traduz a delicadeza na natureza
e as primaveras que acontecem dentro da gente...
amei
A primavera provoca sensações muito especiais. Faz-nos despertar para a vida depois do inverno, traz-nos uma vontade incontrolavel de viver, de sentir, de cheirar...de amar!
Bejos grandes
Fiquei um tanto confusa ao ler o poema, mas s� de ver esta foto cotidiana, minha mente foge para algo familiar. O que seria de mim sem as lembran�as e sensa�es que tanto gosto.. ^^
Beijo
Ray
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