
o gemido do coração,
na figura de um Deus tentador,
cuja imagem desce das trevas da alma,
e não diz uma palavra,
que nos lança um só olhar,
sua dupla intenção sedutora,
sabe-se revelar não o que é,
mas sim aquilo para o que seguem
se torna o mais íntimo a ouvir o meu silêncio,
analisa a minha alma encharcada,
ensina-me um novo desejo
o desejo de ficar quieta e
jazer como um espelho dágua
refletindo o céu profundo e calmo
me faz descobrir sonhos ocultos
ele é uma varinha mágica soterrada na areia
é um sopro sem nome
acontece na previsão do olhar
e rouba a frieza intolerável de minha realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário