
Estou cada vez mais longe no deserto,
onde me perco com o olhar vazio,
eu mesma estátua de ser vista de longe,
eu que estou sempre me perdendo,
estou fruindo o que existe,
calada, aérea, no meu grande sonho,
como o nada, entendo,
atinjo o real através do sonho.
eu te invento realidade.
é para isto que estou viva?
para vibrar o âmago das coisas?
como uma ferida,
flor da carne,
meu coração bate...
garantia única de que nasci,
bate desordenadamente....
eu sou a minha própria morte;
e ninguém vai mais longe,
eu amo a minha cruz,
a que doloridamente carrego,
é o mínimo que posso fazer de minha vida,
aceitar comiseravelmente o sacrifício da noite.
Silvia2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário