
O problema não é colocar
o mundo no poema;
alimentá-lo de luz, planetas, vegetação.
Nem tão-pouco enriquecê-lo,
ornamentá-lo com palavras delicadas,
abertas ao amor e à morte,
ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes
o problema é torná-lo habitável,
indispensável
a quem seja mais pobre,
a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.
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