
Inventei me,
talvez eu não saiba como,
mas descobri que aos poucos eu inventava
a junção da minha casa com o mundo.
Costurada em mil pontos coloridos de desejos,
Nunca te contei, pouco te contei.. mas
te inventei também,
porque eu precisava tanto, tanto, tanto.
então começei a desatar histórias,
como quem desfaz os laços de um presente
e vai descobrindo surpresas
e você passou a ser o meu país.
A condenação por existirmos me fez desesperadamente te criar
e como eu era um precipício de perguntas que ninguém podia responder,
criei a mim também.
criei uma pessoa que fosse facil de se entender e conviver.
só uma coisa não deu muito certo nesta invenção.
eu odeio mentiras;
e isso foi o meu castigo, fui tomada por uma escuridão,
a escuridão da inocência de sermos nós,
este era um laço que eu não sabia abrir,
então, eu inventava novos laços
porque eu acreditava que a felicidade
fosse uma coisa em que se pudesse temperar
com um pouco de chuva e um pouco de sol.
Acreditei em tantas coisas.
e destas também esperei que fossem fazer parte da minha história,
e não foram..
e disso resultou que os outros de novo não podiam me entender,
então começei a me esconder, de mim, da minha invenção e de você.
Começei a ter vergonha de mim e do que eu achava ser certo,
e de repente tudo estava num emaranhado sem fim,
o meu sorriso, as minhas brincadeiras,
as minhas alegrias e sonhos.
Eu era uma metáfora gigante
com um coração cinza, inutilizada!
então começei a emendar os dias
como uma grande colcha de retalhos sobre a pele
e disso chamei de vida.
e tentei esquecer um pouco as viagens de ilusão, pois
SER e ter felicidade não é coisa que se aprende, nem se inventa.
Silvia 2008
Um comentário:
estou muito triste
não tenho nem mais imaginação
para me inventar
ou reiventar
então o tempo vai passando...
não tenho passado ai
pois não quero te atrapalhar nos estudos
mas força ai
já tá acabando
e vc vai se sair muito bem
bjosssssssss
to com muita saudade
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