
- Como está o céu lá fora?
Meus olhos encharcados, doces, cheios de silêncio não quer ver.
com palavras coladas nos olhos e estampadas no peito e
a essa altura da vida eu não quero sentir...
a flor da pele me ensina as leis do amor maior.
Ainda que eu saiba que lá fora o mundo desesperadamente prático,
não me dará lugar para dores sentimentais e coração zangado.
ainda assim eu quero ficar aqui esmagada, encolhida nos meus sentimentos
estendendo a bandeira que só quer salvar o próprio coração.
Tudo tão embrulhado, o estômago, os sonhos, os medos.
Faço um esforço patético pra permanecer nesta vida
e conviver com este meu próprio cinismo.
Azar o meu.
É por isso que preciso urgentemente
de escrever alguma coisa que realmente importe.
e acabo sempre por escrever sobre os meus silêncios.
sou muito clandestina, até na dor.
Dêem-me, por favor, um sorriso verdadeiro.
Capaz de adivinhar que vai ficar tudo bem.
Silvia 2008
Um comentário:
Eii Silvia!!
Estava pensando aqui com a Fernanda em você vir aqui nos visitar um dia desses, agnte toma umas cervejas, fala de poesia, conta piada, heheh sei lá!!! E ia sem bom te conhecer pessoalmente!!!
To lendo tuas coisas aqui e pensei num poema que tomo pra mimha vida, é de Pablo Neruda, eu acho fascinante pela simplicidade da esperança, de que fala o Poema.
Se cada dia cai
Se cada dia cai
Dentro de cada noite
Há um poço
Onde a claridade está presa
Há de sentar na beira poço da sombra e pescar luz caída com paciência!
BeijO Silvia e ve se aceita o convite e aparece!!!!
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