you know how I feel

you know how I feel

Este amor é meu, não me importa se você não o Vê, se não sabe, se não me ama.

este amor é meu, estes olhos cheios de escuridão. Olhos cegos de silêncio. Olhos de quem grita calada. O peso enorme arrastado atrás de cada palavra. Os passos zangados de quem tem tudo a dizer e a tristeza colada à cabeça. Lágrimas cobertas de chuva. E depois todas as lágrimas contidas num sorriso. Não me lembro mais como ele nasceu, se de um olhar, ou de umas poucas palavras em forma de esmola, caídas no chão molhado como uma bênção qualquer. Lembro-me do silêncio entre nós, do sorriso. Sim, aquele sorriso de quem já não tem mais nada a perder.O sol quente, e a vergonha escondida nos olhos criando segredos proibidos, ouvi cada suspiro teu, cada passo apressado sem tempo e cada tentativa perdida para roubares outro sorriso a quem passasse por ti. Ouvi suas palavras calculadas e nenhuma resposta feliz para meu coração faminto. Vi todos os olhos cegos, falsamente despercebidos, ocupados por preocupações inquietas e fúteis. Na verdade, os olhos dos outros pareciam mais vazios que o meu, que eram cheios de você. Mas tive de sentir-me pequena e desprotegida outra vez. E pedi a Deus que qualquer outra pessoa me abraçasse, abraços, muitos abraços daqueles que eu sei que todo mundo precisa. Porque o meu céu é aqui, é no meio deste chão, a apontar-me para o fundo da alma, é menos azul que o teu. Quase sem horizontes. O céu aqui não tem telhado de cores. Só árvores antigas que servem de abrigo ao corpo cansado da falta de oportunidades. Debaixo dele será que sou feliz? não importa.o que importa é esta vontade de te agarrar as mãos. E perguntar Como estás? Não sou feliz. (Serei?) queria reconhecer-me nestes teus olhos doces, e livres. Sim, talvez sejamos todos perdidos (por algum capricho ou força do destino) na encruzilhada das nossas vidas. E quem nunca se sentiu assim? Queria poder abraçar-te, queria que me deixasse aconchegar-te nos teus sonhos. E queria parar o tempo num momento assim. Dar-me a esperança – só porque alguém (algum dia) me tirou. Quando foi isso? Queria ter a certeza de que poderia, sentir o gosto da vida, depois de um dia exatamente como hoje – com chuva e vento, e não me importar com olhares reprovadores que acusam sutilmente os erros que me trouxeram até aqui. Sem medo e sem vergonha de ser eu. Porque eu tenho o teu sorriso na cabeça. Porque me roubaste os olhos e me mostraste os teus, cheios de palavras por dizer. Sabe, todos olham para mim em silêncio e ninguém respira. A escuridão é gigante. E dentro dos meus ouvidos também descem soluços sem nome. E fecho os olhos, escondo-me e esqueço que o mundo é sempre o mesmo. Pesado. porque só gira para alguns. Pesado para quem se fez sozinha. E os outros passam. Passam e falam e tropeçam em mim sem sequer dar conta. mostram o orgulho e não dizem nada. Desculpe, não sei o que estou a dizer, só quero me livrar destes olhos cobertos de escuridão a apontar para você em silêncio. Nem uma palavra bonita, nem um bom dia igual ao teu e você nunca ouviu as minhas palavras de paz. E faz de conta que não me vê, que não sente esse desprezo vulgar a roer-me os ossos. Para todas as coisas é preciso fazer de conta. Assim, faz de conta comigo. Faz de conta que te dei mesmo a mão quando me aproximei. Deixei-te um Bom Dia. Porque no fundo também és como eu. E amanhã (de manhã cedo) volto para mais um dia. Mesmo com chuva. Daquela chuva que só te lava os olhos. Daquela chuva que não te deixa triste. porque tenho em mim todos os sonhos do mundo. porque meu coração nunca estará vazio, porque gosto de sinais, de sentido, de aconchego, de amar, mesmo que este amor seja só meu.

Um comentário:

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Enfo. muito bom, apesar de solitário o texto...
A foto lá de cima, umagraça! ^^ Mas aquela passada combina mais com o seu blog, sei lá.. rs
Beijããão amiga

ray



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